De 280 mil prédios, só 597 passaram por vistoria obrigatória no Rio

19 de novembro 2013

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Bom Dia Rio

No Rio de Janeiro, uma lei determina que os síndicos façam, ainda este ano, uma vistoria nos prédios para evitar riscos à segurança. Mas, de todos os milhares de edifícios da cidade, menos de 600 cumpriram a determinação.

Desde março, no Rio, os condomínios são obrigados a contratar um engenheiro ou arquiteto para analisar e atestar a segurança, estabilidade e boa conservação do imóvel.

“A estrutura antiga de concreto armado dura séculos, mas tem que estar bem cuidada. Essas coisas são fundamentais, a pessoa atestar a qualidade do concreto, se a obra foi bem feita, se a estrutura está bem protegida”, explica o arquiteto Ronaldo Foster.

O laudo deve indicar as reformas a serem feitas e os prazos para execução. O que motivou a regulamentação da lei foi a tragédia do Edifício Liberdade, que desabou no Centro da cidade, em janeiro de 2012.

Segundo as investigações, uma reforma mal feita em um dos andares provocou a queda do prédio. Vinte e duas pessoas morreram e 6 ficaram feridas.

Pelos números da prefeitura, o Rio de Janeiro tem hoje 280 mil prédios. E todos vão ter que passar vistoria até o dia 31 de dezembro. O prazo está acabando, mas até agora só 597 entregaram os laudos.

Um prédio, de quase 60 anos, é um dos poucos com vitoria. “A parte de incêndio tem que ser readequada. É esse o perigo. Esse é o grande perigo e como as pessoas vão sair numa emergência. Felizmente, não temos incêndio toda hora, mas nós temos que estar muito preparados”, afirma a síndica Regina Lima Rocha.

Em outro, com apenas 24 apartamentos, moradores reclamam do gasto extra no fim de ano.

O serviço de vistoria pode ficar em até R$ 3 mil.

“Só que é muito caro. As pessoas vêm, o engenheiro vem, cobra um valor exorbitante”, conta a subsíndica Márcia Helena de Souza. “E agora na véspera de Natal, né?”.

Pela lei, o condomínio que não apresentar o laudo de vistoria ficará responsável pela segurança do prédio e ainda pagará multa – que será calculada pelo tipo de irregularidade e valor do imóvel.

“Preocupa, principalmente porque a autovistoria funciona como um check-up. Se essa avaliação é feita periodicamente, as contas de água são mais baixas, os gastos com a eletricidade. Sem dúvida nenhuma é muito melhor fazer esta averiguação preventiva”, afirma o secretário municipal da Casa Civil, Pedro Paulo Carvalho.

Vai dar tempo? “Vai dar tempo. Vai, se Deus quiser vai dar tempo. A gente vai correr aí para dar tempo”, garante Márcia Helena.

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