Secovi: retirada de publicidade vai impactar receitas de condomínios
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O decreto municipal que proíbe a instalação de cartazes e letreiros publicitários nas laterais ou coberturas de prédios da cidade do Rio vai ter um impacto significativo no orçamento dos condomínios. É o que afirma o vice-presidente do Sindicato da Habitação do Rio (Secovi Rio), Leonardo Schneider. Muitos edifícios alugam esses espaços com o objetivo de aumentar sua receita.
– Muitos condomínios ajustaram seus orçamentos e, consequentemente, o valor das cotas condominiais, levando em consideração esta receita extra. Certamente, a medida vai pesar no bolso dos condomínios e, portanto, dos moradores.
Segundo Schneider, por causa do decreto, os condomínios serão obrigados a refazer os cálculos de suas cotas, enquanto moradores terão de se reestruturar financeiramente para arcar com as novas despesas. Há casos em que, graças a essa receita, a cota cai em R$ 200, R$ 300. Em alguns prédios, os moradores nem precisam pagar a taxa mensal, destaca Schneider.
O vice-presidente do Secovi, no entanto, diz que é difícil calcular o percentual obtido com esta modalidade sobre a receita de um prédio, pois o aluguel desses espaços segue a lei do mercado publicitário. Ou seja, são levados em conta o preço do metro quadrado do local, a localização do edifício e o número de pessoas que passam por ali, entre outros fatores:
– O valor do aluguel de espaços em prédios da Barata Ribeiro, em Copacabana, deve girar em torno de R$ 25 mil. Na Estrada Lagoa-Barra, há um espaço alugado há anos por uma empresa de telefonia que custa, hoje, cerca de R$ 40 mil. Já em prédios comerciais da Avenida Presidente Vargas, esse montante chega a R$ 80 mil ou mais.
O decreto municipal, batizado de ”Rio Limpo”, proíbe a instalação de cartazes e letreiros publicitários em prédios de 22 bairros do Rio, do Centro à Zona Sul. O documento combate a publicidade em imóveis que pode ser vista da rua. A operação de limpeza da paisagem teve início nesta quinta-feira, pela Avenida Beira-Mar, no Centro, e continuará diariamente, até toda a publicidade irregular ser removida.
Segundo estimativas da Secretaria de Ordem Pública (Seop), no Centro e na Zona Sul, há 30 outdoors, 200 propagandas em empenas (painéis instalados na parede lateral de prédios) e 70 letreiros em coberturas, que perderão o alvará. Os próprios donos podem se adiantar e retirar os letreiros dos prédios, regularizando sua situação junto à prefeitura.
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