Fitch: preços de imóveis residenciais no Brasil perde a força
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O Globo
Os preços dos imóveis residenciais no Brasil dispararam entre janeiro de 2008 e julho de 2012, devido à expansão do crédito imobiliário e à oferta limitada de habitações adequadas. Mas, de acordo com relatório divulgado pela Fitch Ratings, a tendência de alta parece estar perdendo força e os valores começando a se estabilizar.
— Entre janeiro de 2008 e julho de 2012, os preços reais dos imóveis subiram 92% em São Paulo e 118% no Rio de Janeiro. Nos últimos meses, no entanto, a alta dos preços se desacelerou e passou a crescer em linha com a renda —, disse Jayme Bartling, diretor sênior da agência de classificação de risco, em nota divulgada pela assessoria de imprensa.
A expansão do financiamento imobiliário é tida como o fator mais importante por trás da alta dos preços dos imóveis, diz a Fitch no documento, segundo os quais a concessão de crédito para a compra de imóveis saltou de 1,5% do Produto Interno Bruto (PIB), em 2005, para 5,4% em maio deste ano. O acesso ao crédito, de acordo com a Fitch, permitiu aos consumidores no Brasil comprar imóveis mais caros, o que inflacionou os preços.
De modo geral, os preços subiram mais rápido do que as rendas familiares, tanto em termos nominais como reais, afirma a agência. A relação preços/renda está acima de cinco vezes em São Paulo e de sete, no Rio de Janeiro.
Embora os preços pareçam altos, a Fitch não espera que caiam significativamente em um ambiente econômico benigno, em vista da oferta de médio prazo e desequilíbrios na demanda. Entretanto, no caso de cenários econômicos turbulentos, a Fitch admite o risco de um considerável declínio nos preços dos imóveis.
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