Secovi Rio
Pode parecer um simples lapso, mas um atraso no pagamento do condomínio tem consequências mais sérias do que se imagina. Sem essa verba, os compromissos do edifício com pagamentos de funcionários, contas de consumo, fornecedores e prestadores de serviços, entre outras despesas extraordinárias, ficam comprometidos. E todos saem perdendo. O Panorama do Mercado Imobiliário 2011, publicação lançada pelo Secovi Rio em março deste ano, constatou uma ligeira elevação na taxa de inadimplência em 2011, em comparação com o ano anterior, para os condomínios residenciais: de 9,1% para 9,8%. Já em relação à impontualidade, quando o atraso no pagamento vai até 30 dias, o índice teve elevação um pouco maior: de 7,6%, em 2010, para 8,8%, em 2011.
Os leves aumentos da inadimplência e da impontualidade residenciais, que não chegam a causar apreensão no mercado, podem ser um reflexo do aumento de despesas nos condomínios. A própria elevação dos preços das cotas condominiais na cidade – no Flamengo, por exemplo, a alta foi de 55,0% no primeiro semestre de 2011 – pode ser um motivador. Indicadores socioeconômicos como o aumento do endividamento das famílias, também contribuem. Ainda assim, os índices podem ser considerados estáveis. Um dos motivos, segundo pesquisa no portal do Sindicato, é que os síndicos estão mais dispostos ao diálogo, obtendo, portanto, maiores índices de sucesso em negociações de pagamento de cotas atrasadas.
Para os condomínios comerciais, notam-se, em 2011, índices de inadimplência (12,9%) e impontualidade (8,3%) mais altos que os dos residenciais. Isso porque eles têm tradicionalmente tamanhos maiores e, consequentemente, possuem gastos mais vultosos com folha de pagamento, fornecedores, contas de consumo, manutenção, segurança etc., o que eleva os custos condominiais – o valor médio da cota de edifícios comerciais é de R$ 912, preço 21,0% superior ao cobrado dos condôminos dos apartamentos residenciais (2 quartos) do bairro onde o valor é mais alto, a Lagoa. Ainda assim, os índices tiveram queda em relação a 2010, quando se registraram 16,4% de inadimplência e 9,8% de impontualidade.
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