Reajuste de porteiros e adicional por periculosidade devem encarecer condomínio

Extra

Quem mora em condomínios deve ficar atento a um possível aumento na taxa. Com o reajuste salarial dos porteiros, que começa a ser pago este mês, a proximidade do pagamento do 13º e a proposta de adicional de periculosidade de 30% para a categoria, administradores de prédios já se preocupam com o impacto no orçamento.

O piso salarial dos porteiros do Rio passou de R$ 581 para R$ 695, incremento de R$ 114. O reajuste é retroativo a abril, e deve ser pago em até três parcelas. Além disso, foi aprovado no Senado e está em análise na Câmara dos Deputados um projeto de lei que prevê aumento de 30% nos salários da categoria, por periculosidade.

— A mão de obra é o que mais pesa na cota dos condomínios. Com a economia aquecida, temos um aumento no poder de renda e isso inclui a classe salarial dos porteiros — diz o vice-presidente de assuntos condominiais do Sindicato da Habitação do Rio (Secovi Rio), Leonardo Schneider.

Para que os encargos não pesem demais na conta dos moradores, Schneider recomenda que os administradores dos condomínios busquem alternativas de fornecedores e outros serviços, equilibrando as despesas.

Uma pesquisa do Secovi em 13 bairros do Rio registra o aumento nas taxas de condomínio, entre janeiro de 2010 e agosto de 2011. No acumulado de um ano e sete meses, o Flamengo teve a maior variação na cobrança (55,09%), seguido por Lagoa (26,62%) e Copacabana (22,83%). A menor variação foi em Laranjeiras (1,97%).

— Em Laranjeiras, os edifícios não são muito antigos e não há grande necessidade de manutenção.O mesmo não ocorre no Flamengo, com prédios que têm gastos maiores por causa da conservação — explica Schneider.

O possível aumento na taxa não tem influenciado na procura de unidades no Condomínio Edifício Barão de Pinhal, em Piedade, garante o síndico Moyses Alves:

— Apesar da possibilidade de alta, muita gente continua procurando apartamento para alugar ou comprar.