Extra
Se você fosse para uma ilha deserta, o que levaria da sua casa? A pergunta fez parte da pesquisa realizada pela socióloga Natalia Tanese Miranda nas edições de 2009 e 2010 do Casa Cor-SP sobre o vínculo emocional e funcional que o habitante tem com seu lar, doce lar. E a maioria das pessoas cravou uma única alternativa, bem mais presente no nosso cotidiano e da qual sempre nos lembramos nos piores, e melhores, momentos da vida: a cama.
O Morar Bem foi às ruas e lançou a pergunta aos moradores do Rio sobre o que levariam da casa para uma ilha deserta. A maior parte dos jovens preferiu levar o computador ou um som. Segundo Natália, com estes objetos, os entrevistados procuram assegurar algum nível de relacionamento.
A cama, sempre ela, também foi um item bastante citado pelos nossos entrevistados. Entre as explicações para o destaque que o móvel vem ganhando estaria a tendência de individualização da vida moderna, conforme explicou o pesquisador Fábio Queiroz, do Núcleo de Pesquisa Sobre Habitação e Modos de Vida (Nomads), da USP em entrevista ao Morar Bem para reportagem “A cama”, veiculada em dezembro de 2009.
— As pessoas desejam, cada vez mais, um quarto só para elas, com direito a uma cama mais espaçosa. Isso se reflete na troca por modelos king size. Nas camadas mais ricas da sociedade, é comum casais dormirem em quartos separados. E houve ainda um aumento no número de pessoas que moram sozinhas — disse na reportagem.
Seja pelo conforto ou pelo relacionamento, os objetos citado revelam a tendência do homem contemporâneo à individualização.
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