Classes D e E sofrem com falta de oferta de imóveis

14 de outubro 2010

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O setor imobiliário é um dos que mais cresce no País, no entanto, ainda falta muito para que as famílias classes D e E brasileiras, com ganhos de até três salários-mínimos (R$ 1.116), possam encontrar espaço nesse setor.

Com cerca de 66 milhões de pessoas nessa faixa de renda, projetos sociais muito burocráticos e valores baixos para subvenção de programas, é cada vez mais raro o número de imóveis oferecidos para este público nas regiões metropolitanas.

O preço do imóvel determinado para atender esse estrato da sociedade é de até R$ 52 mil, enquanto no Grande ABC, por exemplo, nem mesmo terrenos podem ser encontrados por este valor, o que torna a margem de lucro das construtoras nula.

“Para suportar isso, precisaríamos de lotes com valores médios entre R$ 3.000 e R$ 4.000, mas não temos isso. Não diria que a margem de lucro é baixa, digo que é inexistente, pois a conta não fecha”, explica o presidente da Acigabc (Associação dos Construtores, Imobiliárias e Administradoras do Grande ABC), Milton Bigucci.

Com incentivos e faturamento baixos, é irrisória a participação das construtoras nesse nicho de mercado em particular, apesar da classe popular ter a maior necessidade da casa própria. “”Esse é, sem dúvida, o grande volume de público que temos de atingir. É também uma grande responsabilidade social, mas é difícil”, diz o presidente do Secovi-SP (Sindicato da Habitação de São Paulo), João Crestana.

Com as construtoras preocupadas em atender a nova classe média, que procura espaços de R$ 130 mil até R$ 400 mil, fica à cargo das prefeituras atender o resto da demanda. “Mas mesmo assim está complicado, porque os poucos terrenos que atenderiam as reivindicações dos programas sociais já foram vendidos. Isso deve diminuir o número de apartamentos oferecidos dentro desse padrão, em breve”, argumenta Bigucci.

LUZ NO FIM DO TÚNEL

Apesar da situação, construtores avaliam que é possível reverter o panorama e atender aos menos favorecidos. Para isso, é preciso rever programas sociais e ampliar metas. “Aumentando o subsídio, aumenta a possibilidade de as construtoras entrarem nesse mercado”, afirma Bigucci.

O pontapé inicial já foi dado, segundo Crestana. O governo do Rio de Janeiro, por exemplo, isenta construtoras de impostos para garantir o andamento de obras voltadas à classe D e E. “São necessárias duas ações: adequar valores, e isso já tem sido feito pelo governo federal, e que as prefeituras possam ajudar de alguma maneira, dar algum subsídio, mesmo que seja a isenção fiscal para projetos sociais”, relata Crestana.

Fonte: Focando

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