Com a proximidade das eleições presidenciais, a Caixa Econômica Federal acelerou a entrega de imóveis do programa Minha Casa, Minha Vida. A presidente da Caixa Econômica Federal, Maria Fernanda Ramos Coelho, disse ontem que 137.010 unidades habitacionais já foram entregues no âmbito do programa. Em abril, no balanço de um ano do programa, o vice-presidente da Habitação da Caixa, Jorge Hereda, havia informado que apenas três mil unidades tinham sido repassadas aos beneficiários e que o processo se aceleraria em maio.
Maria Fernanda, no entanto, tentou desvincular as entregas de moradia com a questão eleitoral. Ela ressaltou que o prazo médio para construção e entrega de uma moradia é de 12 a 14 meses, ou seja, agora que há uma quantidade maior de casas a ser concluídas. ?O grande ano das entregas será em 2011?, ressaltou.
Segundo ela, 144.386 unidades habitacionais estão praticamente prontas, dependem, por exemplo, de registro cartorial ou ligação de água e luz, para serem entregues. A previsão é de que as chaves de 6.111 cheguem às mãos dos mutuários até o final deste mês. Somente neste ano, foram liberados R$ 16,5 bilhões para financiar empreendimentos do Minha Casa, Minha Vida, que atende famílias com renda de até R$ 4.650,00.
A presidente da Caixa aproveitou para comemorar o novo recorde de financiamentos imobiliários do banco. Até o início desse mês, a CEF emprestou R$ 40,1 bilhões em empréstimos para compra da casa própria neste ano de 651.157 unidades até terça-feira. Desse total, R$ 17,8 bilhões são oriundos de depósitos da caderneta de poupança e R$ 17,4 bilhões do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). O restante vem de outras fontes de financiamento. O resultado é puxado principalmente pelos R$ 16,5 bilhões do Minha Casa, Minha Vida.
“Do ano passado para cá houve uma inversão e os financiamentos com recursos da poupança superaram os realizados com FGTS”, ressaltou. A expectativa da Caixa é emprestar R$ 60 bilhões para a compra da casa própria. Os números liberados até então já se aproximam dos R$ 47,05 bilhões de 2009. Mas a presidente reforça que “não vai faltar fundos para habitação” para sustentar o ritmo de crescimento dos financiamentos imobiliários nos próximos anos. Até porque, fontes alternativas já estão sendo estudadas. “Temos recursos suficientes”.
Fonte: Zap
Nenhum comentário