O valor médio do financiamento de imóveis cresceu nos primeiros seis meses de 2010 para o maior valor já registrado no âmbito do SBPE (Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo), e chegou a R$ 123 mil. Os dados foram divulgados nesta segunda-feira (19) pela Caixa Econômica Federal.
O valor é 10% maior do que o registrado em 2009 (quando foi de R$ 119,4 mil) e reflete o aumento da renda do trabalhador e o maior acesso da classe média à casa própria. Considerando somente o FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço), esse valor cai para R$ 56 mil (era R$ 51,1 mil no ano passado).
O programa habitacional do governo federal Minha Casa, Minha Vida é apontado como um dos motores dessa expansão dos financiamentos. Por meio dele, famílias com renda de até três salários mínimos (R$ 1.395, no salário de R$ 465, o mínimo da época) tiveram os contratos facilitados com subsídios públicos.
Maria Fernanda Coelho, presidente da instituição, diz que o setor imobiliário tem muito a crescer a partir da oferta de imóveis à baixa renda. A classe C, sozinha, representa uma fatia de 49% de toda a população brasileira.
– O desempenho da Caixa em financiamento habitacional é compatível com o atual ciclo de desenvolvimento econômico e de inclusão social do país.
As famílias com renda de até três salários representaram 31% (ou quase um em cada três) dos 575 mil contratos assinados nos primeiros seis meses deste ano. O número é superior aos de 2008 e 2009, mas menor do que o de 2007.
O público que ganha mais de dez salários (R$ 4.650), que não é atendido pelo Minha Casa, representou a maior parcela (44%) dos negócios no semestre. Em 2009, ele era 31% do total.
A Caixa registrou um aumento de 95,1% no volume emprestado para a casa própria, que passou de R$ 17,5 bilhões, em 2009, para R$ 34,1 bilhões. O número é sete vezes maior do que o concedido em 2003 e, até o fim do ano, deve chegar a R$ 60 bilhões.
Fonte: R7
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