Muitos dos recentes arrastões em condomínios residenciais foram causados por falha humana. Porteiros que permitem a entrada de pessoas não autorizadas no local, seja pela garagem ou pelo portão principal, muitas vezes são os culpados por assaltos em prédios. Com isso, a tendência tem sido substituir o porteiro comum por seguranças treinados, formados em cursos para vigilantes, para aumentar a proteção das residências. Só em São Paulo, 40% dos condomínios terceirizaram suas portarias e implantaram métodos de segurança, segundo dados da AABIC (Associação das Administradoras de Bens Imóveis e Condomínios).
Mesmo os edifícios que mantiveram a figura do porteiro implantaram treinamentos para aumentar a segurança. Embora o investimento seja maior, os condomínios se dispõem a pagar mais caro para contar com mais segurança.
Para Luciano Caruso, gerente de marketing da Graber, empresa especializada em segurança patrimonial, o treinamento para o serviço de portaria é fundamental. “É importante que o porteiro tenha essa especialização, porque ele precisa saber como controlar o fluxo de pessoas corretamente e ficar atento a toda a movimentação no ambiente”, diz.
Noções de informática e operação de equipamentos de segurança eletrônica também são partes essenciais da rotina do “novo porteiro”, o que torna os cursos de formação ainda mais importantes. “Investimos na qualificação dos profissionais, incluindo no treinamento desde as normas mais básicas de segurança até a operação de equipamentos eletrônicos, como câmeras e alarmes”, afirma Luciano.
O responsável pela portaria deve estar ciente de que ele é um dos principais responsáveis pela segurança de todos no local, e por isso, um único deslize pode significar prejuízos e riscos para uma grande quantidade de pessoas. Entregadores e prestadores de serviços, por exemplo, devem ser identificados e recebidos na parte externa do edifício. As normas de segurança devem ser respeitadas rigidamente, pois abrir exceções pode acabar causando problemas para todos. Por esses motivos, o porteiro, além das qualificações profissionais, deve ser confiável, atento e inflexível em relação às regras.
Fonte: LicitaMais
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