O aumento do limite de valor dos imóveis comprados com recursos do FGTS — de R$ 750 mil, como é hoje, para R$ 1 milhão ou até R$ 1,5 milhão — está em discussão pelo Banco Central (BC), pelas instituições financeiras e pelos empresários do mercado imobiliário, que aguardam a mudança no patamar de preços ainda neste ano.
A Caixa Econômica Federal admite que a ideia vem sendo discutida, mas ainda não comenta oficialmente o assunto. Apesar dos limites e das regras não estarem estabelecidos, o vice-presidente Administrativo do Secovi Rio, Ronaldo Coelho Netto, acredita que uma possível mudança no aumento no limite poderá beneficiar o setor, bastante enfraquecido com a queda nas vendas devido à crise econômica:
— Se você facilita as condições de aquisição, isso tem um reflexo automático no mercado imobiliário. O consumidor pode comprar sua casa própria com mais facilidade, e as incorporadoras ganham um novo fôlego, já que passam a ter um novo nicho a explorar.
Segundo Ronaldo, muitos imóveis na Zona Sul do Rio poderiam ser vendidos, se os novos valores forem adotados. A última mudança no teto dos imóveis financiados pelo Sistema Financeiro de Habitação (SFH) foi em 2013. O governo aumentou o teto de R$ 500 mil para R$ 750 mil no Rio, em São Paulo, em Minas Gerais e em Brasília. Nos demais estados, o valor máximo é de R$ 650 mil.
Para ser beneficiado, o comprador precisa ter, no mínimo, três anos de trabalho sob o regime do FGTS e não pode ser dono de outro imóvel. Atualmente, bens mais caros, de até R$ 3 milhões, já podem ser financiados pela Caixa, mas apenas crédito do Sistema Financeiro Imobiliário (SFI), que não utiliza recursos do FGTS.
Fonte: Extra
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